sexta-feira, 25 de março de 2011

Novidades de Doença e Cura, Codex de Ouro, Booktour Selo Brasileiro, Resenhas e Encontro Skoobers RS

Três resenhas novas de Doença e Cura no Skoob...
http://www.skoob.com.br/estante/livro/8412666 - Resenha pelo escritor Fabio Guolo
http://www.skoob.com.br/estante/livro/7425147 - Resenha pelo escritor Marcio Sheibler
http://www.skoob.com.br/estante/livro/8670480 - Resenha pelo escritor Vicente Reckziegel

Meu livro também vai estar participando do Booktour do Selo Brasileiro, exclusivo para blogs literários:
http://selobrasileiro.blogspot.com/2011/03/lancado-o-booktour-selo-brasileiro.html

Pra concluir, Doença e Cura foi indicado para o Codex de Ouro do Ponto do Autor na categoria Sobrenatural/Terror:
http://www.pontodoautor.com.br/codex/up_indicacoes/up_corpo1.asp

Ah, e amanhã, 26/03, aniversário de Porto Alegre, estarei no encontro de skoobers lá da capital, na Casa de Cultura Mario Quintana!
http://www.skoob.com.br/topico/mostrar/9198

Um abração.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Resenha de Livro: A Morte do Cozinheiro - Allan Pitz

Gosto quando consigo escrever bobagens criativas, fazer uma bagunça coerente com as palavras. É o mais perto que eu consigo chegar da poesia, impedido que sou de desfrutar de lê-la ou escrevê-la debaixo desse meu manto de preconceito contra as palavras soltas, dessa barraca de lógica emocional e organização textual que armei pra mim mesmo e que só eu consigo entender como foi montada - quando consigo.
A resenha que fiz para o livro de Allan Pitz no skoob é dessas coisas que me orgulham bastante, pelo menos enquanto eu não achar tempo pra começar a contradizê-la. Divirtam-se!


Uma rajada de palavras!

Detesto Clarice Lispector.
Não entendo nem me apaixono por seus escritos, não a acho engraçada ou divertida, não me comovem seus joguinhos de palavras e o vai-e-vêm emocional de suas estórias, e não acho palatável seu sucesso póstumo.
Não me pergunte o porquê, nem se isso vai durar para sempre. O fato é que, no exato momento em que escrevo esta resenha, detesto Clarice Lispector.
Comecei a ler A Morte do Cozinheiro já imaginando se Allan Pitz não seria mais outro escritor metido a ser uma continuação do que foi Clarice Lispector, e, de fato, o início do livro me passou essa impressão.
Sorte que foi só o início...
Acontece que, diferente do pouco que li de Clarice, o pouco que li de Allan Pitz passa longe da enrolação e do vai-e-vêm.
O auto-proclamado PhD em Patavinas – título que talvez lhe seja merecido, mas cuja autenticidade acredito que só poderei comprovar ao vivo – é uma máquina verborrágica. Ora, e Clarice também não o é? Decerto sim, pelo pouco que li de Clarice. A diferença talvez seja que Clarice Lispector me lembre uma guerrilha de palavras, indecisa, confusa, enrolada, imprevisível, demorada, irritante, tal e qual só uma guerrilha consegue ser, ao passo que Allan Pitz, guardadas as devidas proporções, me soa como um verdadeiro bombardeio, intenso, rápido, sem prisioneiros.
E A Morte do Cozinheiro é bem isso mesmo, um bombardeio de auto-comiserações, paranóias, ciumeira danada, amor-próprio ferido, tudo regado a enganos e engôdos, encantos e desencantos, certezas e “talvêzes”, resultando em planos, tramas e crime, em uma estorinha curta e grossa, meio centímetro de livro, que vai ou racha, explode na mão de quem lê, vai tudo pelos ares, e tá pouco se lixando.
Não. Pelo pouco que li da metralhadora Allan Pitz, rajada de palavras, que atira e mata direto, para o bem ou para o mal, ela é bem diferente da bomba de fumaça Clarice Lispector, que também li pouco, e só não li mais porque além de não ter me matado, a danada deixou-me cego, fez-me tossir e causou-me profunda irritação.
E como prefiro a morte imediata à tortura, recomendo A Morte do Cozinheiro. Ao molho pardo!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Novas resenhas de Doença e Cura e entrevista com Fabian Balbinot

Mais duas resenhas de respeito para meu livro Doença e Cura.

Nelson Magrini, autor de Anjo a Face do Mal, no skoob - http://www.skoob.com.br/estante/livro/8180325

Resenha acompanhada por entrevista com Fabian Balbinot, no blog Paquidermes Culturais, do escritor Allan Pitz - http://paquidermesculturais.blogspot.com/2011/03/especial-doenca-e-cura-fabian-balbinot.html

terça-feira, 15 de março de 2011

Trilha Sonora: Overcome - Live


Existem músicas que me dão frio na barriga e me fazem estremecer, transmitindo uma sobrecarga de emoção. Músicas que me fazem suar e me deixam leve, ou me causam uma espécie de vertigem, ou tudo isso junto.

Composto pela banda Live, de York, Pennsylvania, pouco antes da tragédia do 11 de setembro, o hino intitulado Overcome acabou sendo bastante relacionado com o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, ocorrido nessa data, inclusive tendo sido produzidos diversos videoclips destacando o evento, e tendo essa música como fundo.

No meu caso, prefiro examinar Overcome evitando esta relação com o atentado. Há algo nesta música que só consigo definir como uma carência extrema, uma necessidade insuperável, intransponível, de se obter amor, perdão, ou paz, a qualquer custo, que a combinação do toque intimista de piano e cordas com a voz desesperada, primal, de Ed Kowalczyk consegue transmitir. Um lamento de aflição, cru, sem rodeios. Maravilhosa representação de sentimento em forma de melodia. Uma "volta ao útero", indicada às pessoas mais sensíveis.

Acima encontram-se links para dois videos desta inspiradíssima canção, o primeiro ao vivo, e o segundo em sua versão original, em uma montagem claramente voltada ao 11 de setembro, com diversos questionamentos e mensagens positivas, mas também com excessiva exaltação ao nacionalismo norteamericano, ideia já batida e cansada, que destoa em meu modo de ver da inspiração que rege a música, totalmente instintiva, despojada de quaisquer ideologias e bandeiras políticas - minha sugestão para ouvir este segundo clipe é: desligue a tela, ignore as imagens e curta apenas o som. A viagem é garantida.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Três novas resenhas em blogs e menção de Doença e Cura no Terrorzine

Mais três resenhas do romance Doença e Cura em blogs:

- http://ariane-reis.blogspot.com/2011/02/sugestao-de-leitura-doenca-e-cura.html - Blog The Little Storm
- http://samyaquino.blogspot.com/2011/03/doenca-e-cura-fabian-balbinot.html - Blog Livros e Algo Mais
- http://resenhaecultura.blogspot.com/2011/03/resenha-doenca-e-cura-fabian-balbinot.html - Blog Resenha e Cultura

Se você quer obter versões autografadas de Doença e Cura e dos outros livros dos autores do Selo Brasileiro, com frete grátis, é só visitar a lojinha do Selo no blog - http://selobrasileiro.blogspot.com/p/comprar.html

E para quem curte mini-contos de Terror, saiu a 23ª edição do Terrorzine, que cita meu livro - http://www.cranik.com/terrorzine23.pdf

Até a próxima.

domingo, 6 de março de 2011

Não tem nada pior do que Modinha!

Sabe aquela coisa idiota, mas tão idiota, que depende de um grupo inteiro de idiotas começar a fazer pra todo mundo que acha que NÃO é idiota começar a fazer também? Leia-se e interprete-se como se possa querer...

Adesivos idiotas de família em carros, pai, mãe, filho, filha, cachorro e gato, uma contagem de família perfeita, pra bandido ver e tomar nota.

Estrelinha de cinco pontas tatuada nos ombros e braços (antigamente eram as borboletinhas).

Slogans bestas "by" idiotas em adesivos nos parabrisas dos carros rebaixados.

Carros rebaixados... tocando modismos e outras transgressões musicais em alto volume. Celulares "rebaixados" tocando modismos e outras transgressões musicais em alto volume.

Brasileiro é bem o tipo de gente que, pra felicidade dos norteamericanos, tigres asiaticos e europeus, adora uma modinha.

Pra felicidade dos norteamericanos, tigres asiaticos e europeus, inventores clássicos e ferrenhos divulgadores das modinhas.

Ora se o povo brasileiro também, ele próprio, não inventa as próprias modinhas que vive seguindo. Modinha parece ser uma deformidade típica na nossa cultura.

Exemplos de modinha, nacional ou importada, a preço de dolar e de euro, não faltam:

Peixe Urbano. O famigerado sistema de compra barata coletiva. Começou ano passado, 2010, ou pelo menos começou a "bombar" em 2010. Estamos em 2011, e os peixes se proliferaram feito coelhos. Comprado, Desejomania, Groupon, Click On, etc. e etc. Nunca vi tanta pizza, sanduíche, comida chinesa, passagem, diária em hotel, curso de espanhol, banho pra cachorro, barba, cabelo, bigode... e modinha!, tudo sendo oferecido por tão pouco, 30%, 25%, 15% do valor de tabela. Meu voucher para o hamburguer de frango que comprei em dezembro ainda tá na carteira, válido até abril, pronto para ser usado assim que bater aquela fominha numa noite de sábado dessas.

"Bombar"... atualmente está sendo "uma brasa, mora"? Tá ligado?

Lembra do Tamagochi? Cresceu, evoluiu como um Pokémon, e virou Ipad.

Chato é quando coisas horríveis ou ofensivas, de gosto duvidoso, sem gosto nem sabor, nem tato ou paladar, caem no chamado gosto popular.

Piercing no nariz. Registre-se nos anais da história da humanidade brasileira que, neste início da segunda década do século XXI, toda a mocréia sem personalidade, de 12 a 20 anos, tá usando os tais ferrinhos pra fazer de conta que tem personalidade - o que significa dizer que praticamente 70% das mulheres de 12 a 20 anos são mocréias sem personalidade. Pode ser aquelas horríveis "verrugas de bruxa" de brilhantes, ou as detestáveis argolinhas. Um modismo discutível, que só é respeitável, se tanto, naquelas pessoas que vêm usando tais acessórios há mais de uma década, e que não pretendem tirar e aposentar os tais penduricalhos e ficar admirando os horrendos buracos extras que receberam no nariz tão logo a modinha do piercing acabe (muito em breve, queira Deus, em nome do bom gosto).

Mulher e modinha... uma combinação que já faz parte da história. Maquiagem com mais ou menos cor. Cabelo mais ou menos comprido. Salto mais ou menos alto. Cintura da calça mais ou menos rebaixada, fazendo aquele meio quilo de pneus aparecer mais... ou menos? Mais ou menos pulseiras? Mais ou menos sapatos na prateleira? Tudo mais ou menos ditado por aquela coleção de costureiros idiotas que transformou as modinhas em um dos regimes ditatoriais mais tirânicos e menos democráticos que existem: a ditadura da moda fashion, com suas "tendências", obrigatórias, intransponíveis, irresponsáveis, que mudam a cada estação e "tendem" para o que eles acharem que é o certo - mesmo que eles estejam sempre e invariavelmente errados -, escolhidas a dedo por um colegiado mundial de talentosos débeis mentais formados em faculdade de... de quê mesmo? Formados? Talentosos?

Homem e modinha... uma combinação que já faz parte da história. Mais ou menos cerveja? Mais ou menos pança? Levei pra cama mais ou menos mulheres do que os outros... Oh, dúvida cruel!

Tem modinha imposta, empurrada com a barriga, que tira partido da burrice do povo. Aliás, povo devia ser sinônimo ou coletivo de burrice - povo = apinhado de gente burra, que vive de acreditar que Deus salva, e que veste/dança/aplica/utiliza qualquer bomba que as insossas rádios/TVs/revistas/jornais populares divulgarem como sendo a onda do momento - mas isso merece uma postagem exclusiva, de tão extenso que o assunto pode se tornar.

Tem coisa mais aborrecida, mais semelhante a um excremento, um degeto, um resto de um aborto desesperado e apressado do que esse cantorzinho de quermesse chamado Luan Santana? Pois é... algum padrinho ou consórcio de padrinhos cheios da grana tá há algum tempo pagando pra ver esse estrupício, esse meteoro do horror, ser um sucesso. Uma modinha feita na marra. Empurrada pra cima dessa multidão de coisas vivas e burras chamadas de "povo", e que vem dando certo, pra desespero das minhocas, amebas e baratas, entre outras criaturas mais cerebrais.

Sorte que padrinhos morrem, ou se cansam de custear excrementos.

Azar que as modinhas nunca acabam - elas apenas trocam de foco, e de meios. O cheiro continua o mesmo.

E algumas duram, e se eternizam. Ivete Sangalo continua sendo um sucesso, mesmo não conseguindo cantar nada além de seu habitual tom monocórdio e grave, gravíssimo, até hoje.

Sertanojo Universitário. Justin Bieber. Lady Gaga. Dance-music com vocais clonados através de sintetizadores. Cantor idiota "feat" outro cantor idiota. Duplas sertanejas pré-prontas, "insira nome+sobrenome do primeiro idiota e APENAS o nome do segundo idiota". Pro diabo que te carReaggae!

O que dizer do neo-menudismo-punk-yuppie dessa bostinha urbana e mimada chamada Restart, cria já meio falida de modismos semi-aposentados, com papelada encaminhada para o esquecimento, feito Reação em Cadeia, NXZero de qualidade, só com muita Tequila pra se aguentar tanta porcaria, Baby. E se o assunto é música, ou algo que talvez nem mereça ser chamado como tal, cabem menções (des)honrosas ao pagode melado e meloso, que chega a causar horror até em sambista da antiga, ou ao funk carioca, trilha sonora da prostituição feminina em massa, das mulheres-objeto e das mulheres-fruta, melancia, melão, morango, que ofende os sentidos de todo e qualquer James Brown que se preze. E não esqueçamos as hediondas batidas dos DJs nas "baladas", um êstase movido a Ecstasy. E tem também o novo gospel, cuja versão nacional e abominável chega a exorcisar tanto demônios quanto anjos... de tédio!

Tédio. É bem isso que modinha me dá a entender. É tedioso, repetitivo, forçado, imposto... A escravidão alegre do consumismo contemporâneo. O beco sem saída das alternativas. O lívre-arbítrio, cego, de cara amarrada e mãos atadas.

E falando na prostituição feminina, feminista, em massa, que é alvo do puritanismo, que é modinha também. Assim como o Dia da Mulher, e o feminismo. E a ecologia. E a anarquia. E o neonazismo. E os nerds. E os rótulos. E o disco de vinil que virou CD que virou DVD e que virou Blu-Ray.

Tudo é modinha, até ficar em cima do muro, ser ou não ser Grêmio ou Inter, Atlético ou Cruzeiro, Corínthians ou Flamengo, Mangueira ou Portela, eis a questão.

Ai de mim, que também sou escravo de modinhas, coleciono e jogo card games, e video games, tenho websites, uso computadores, máquina fotográfica digital, e faço musculação, e participo de grupos sociais distintos, integro-me à sociedade humana de faz-de-conta vestindo trajes, usando penteados e fazendo trejeitos tão atuais e tão derivados de modinhas quanto a palavra "atual" dá a entender.

Até um livro sobre vampiros, o máximo do modismo literário contemporâneo, eu escrevi! Deus me livre e guarde! Sorte que é um livro só, e não uma série!

Não gostar de modinhas e reclamar delas é por excelência já estar criando modinha nova, e angariando seguidores. E ficar quieto em seu canto também. E ficar vivo. E ficar biruta... Quer modinha maior do que ser do contra, assim como eu sou do contra?

Tem maior modismo do que colocar figura no meio dos posts em um blog, ou do que TER um blog?

Cura pra modismo? Suicídio... mas já vou avisando que se matar também já foi modinha. Enfim...


Sabe aquela coisa idiota, mas tão idiota quanto tudo isso que eu acabei de escrever? Pois é...

Bem vindo ao mundo maravilhoso das modinhas, de onde ninguém escapa, nem eu, nem você!   =)

E sigo minha própria modinha ao dizer que Não tem nada pior do que Modinha!

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